JUSTIÇA – “Jair Bolsonaro Recebe Visita de Michelle na PF em Meio a Controvérsias e Críticas ao STF Durante Prisão Preventiva”

Jair Bolsonaro Recebe Visita da Esposa Durante Detenção na Polícia Federal

Neste domingo, 23 de setembro, o ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu a visita da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, na Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal, onde se encontra sob custódia desde a madrugada de sábado. A visita, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ocorreu em um momento delicado, após a prisão preventiva do ex-mandatário.

Em imagens veiculadas pela rede CNN, Bolsonaro foi visto conduzindo Michelle até a saída do prédio que abriga a Polícia Federal, um gesto que evidenciou a união do casal em meio a um cenário de crise pessoal e política. Michelle, que havia estado no Ceará participando de um evento do Partido Liberal (PL), retornou à capital federal imediatamente após ser informada da prisão de seu esposo, interrompendo sua agenda no estado nordestino.

Em suas redes sociais, Michelle fez um apelo aos apoiadores de Bolsonaro, pedindo que continuassem a orar e destacando sua fé em Deus. “Deus não perdeu o controle de nada. Ele reina. Seu trono tem como fundamento a justiça e o juízo”, escreveu, buscando consolo e união entre os que ainda apoiam o ex-presidente.

Os desdobramentos dessa situação tornaram-se ainda mais complexos, uma vez que a ex-primeira-dama criticou diretamente o ministro Alexandre de Moraes, sugerindo que sua decisão de prender Bolsonaro estava vinculada a conotações políticas e simbólicas, especialmente ao mencionar o número 22, associado ao Partido Liberal e a multas recentes aplicadas à legenda.

Jair Bolsonaro foi preso por determinação de Moraes, que justificou a medida com base no “risco de fuga”, referindo-se à tentativa do ex-presidente de violar uma tornozeleira eletrônica e a mobilização convocada por seu filho, o senador Flávio Bolsonaro, que, segundo as autoridades, poderia facilitar uma possível saída do ex-mandatário. Na véspera da prisão, ele foi flagrado tentando abrir o dispositivo de monitoramento.

Além disso, a defesa de Bolsonaro argumentou que ele apresentava sintomas de confusão mental, possivelmente devido a interações medicamentosas, e que não houve uma tentativa real de fuga, uma vez que colaborou para a troca do equipamento.

Com o ex-presidente condenado a 27 anos e três meses de prisão na ação penal relacionada à chamada trama golpista, sua situação legal continua a se agravar. Nas semanas seguintes, há a possibilidade de que as penas sejam executadas, tendo em vista que a Primeira Turma do STF rejeitou embargos de declaração que poderiam reverter as condenações, fazendo com que Bolsonaro e outros réus enfrentem a perspectiva de regime fechado.

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