JUSTIÇA – Ismael Lopes, coordenador evangélico, é agredido durante vigília em apoio a Bolsonaro e denuncia hostilidade no evento em Brasília.

Na noite do último sábado, um incidente de agressão marcou uma vigília em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que atualmente cumpre prisão domiciliar em Brasília. Ismael Lopes, um dos coordenadores nacionais da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, foi atacado enquanto tentava se dirigir a um grupo de apoiadores reunido nas proximidades de seu condomínio.

Em relatos nas redes sociais, Lopes confirmou que passou por exames no Instituto Médico Legal (IML) e, apesar dos ferimentos, afirmou estar “bem, na medida do possível”. O evento, que teve como objetivo reunir defensores de Bolsonaro, se transformou em uma situação de tumulto quando Lopes foi hostilizado ao tentar discursar. Em um vídeo amplamente compartilhado, é possível ouvir gritos de “deixe-o ir embora”, com algumas pessoas insinuando que sua presença era uma “armadilha”.

Após a agressão, Lopes se manifestou à imprensa, explicando que sua intenção era abordar a instrumentalização da fé em favor de pessoas que teriam cometido atos contra o Estado democrático de direito. Ele criticou o uso da religião como justificativa para defender ações não condizentes com os princípios cristãos.

A vigília em apoio a Bolsonaro, convocada por meio das redes sociais, foi destacada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes como um elemento que reforçou a decisão pela prisão preventiva do ex-presidente. Na madrugada que precedeu o evento, houve uma violação na tornozeleira eletrônica de Bolsonaro, levando as autoridades a considerarem um possível risco de fuga. Isso agravou a situação e resultou na solicitação de prisão preventiva.

Entre os apoiadores que compareceram ao local, a tensão aumentou após a agressão a Lopes. O evento seguiu, ainda que sob a sombra da alteração da segurança do ex-presidente, um fator que tem gerado amplo debate na sociedade e uma série de questionamentos sobre o estado da democracia e do sistema judiciário no país.

Sair da versão mobile