Em relatos nas redes sociais, Lopes confirmou que passou por exames no Instituto Médico Legal (IML) e, apesar dos ferimentos, afirmou estar “bem, na medida do possível”. O evento, que teve como objetivo reunir defensores de Bolsonaro, se transformou em uma situação de tumulto quando Lopes foi hostilizado ao tentar discursar. Em um vídeo amplamente compartilhado, é possível ouvir gritos de “deixe-o ir embora”, com algumas pessoas insinuando que sua presença era uma “armadilha”.
Após a agressão, Lopes se manifestou à imprensa, explicando que sua intenção era abordar a instrumentalização da fé em favor de pessoas que teriam cometido atos contra o Estado democrático de direito. Ele criticou o uso da religião como justificativa para defender ações não condizentes com os princípios cristãos.
A vigília em apoio a Bolsonaro, convocada por meio das redes sociais, foi destacada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes como um elemento que reforçou a decisão pela prisão preventiva do ex-presidente. Na madrugada que precedeu o evento, houve uma violação na tornozeleira eletrônica de Bolsonaro, levando as autoridades a considerarem um possível risco de fuga. Isso agravou a situação e resultou na solicitação de prisão preventiva.
Entre os apoiadores que compareceram ao local, a tensão aumentou após a agressão a Lopes. O evento seguiu, ainda que sob a sombra da alteração da segurança do ex-presidente, um fator que tem gerado amplo debate na sociedade e uma série de questionamentos sobre o estado da democracia e do sistema judiciário no país.
