A denúncia inicial apresentada pelo procurador aponta para o envolvimento dos acusados em práticas que incentivam a imposição de sanções norte-americanas ao Brasil e aos ministros da própria Corte. Gonet enfatizou que a gravidade das ações dos denunciados, ou “a escala delitiva” como articulou, pode levar a consequências adicionais nas investigações em curso.
Em sua comunicação ao STF, Gonet afirmou que “a denúncia não encerra o alcance subjetivo final da persecução penal, nem impede que, à vista de novas descobertas investigativas, inclusive durante a instrução da causa, e da escalada delitiva, sejam produzidos outros desdobramentos de ordem persecutória”. Essa declaração indica que a investigação está longe de ser concluída e que futuras evidências podem surgir, ampliando ou alterando o escopo das acusações.
No contexto da mesma investigação, o ex-presidente Jair Bolsonaro se mantém como um dos investigados, embora não tenha sido formalmente denunciado até o momento. Atualmente, ele reside sob prisão domiciliar e é submetido ao uso de tornozeleira eletrônica, o que indica o nível de gravidade do caso em que está envolvido.
Recentemente, Bolsonaro e outros sete réus foram condenados por crimes relacionados a uma suposta trama golpista, que abarca organização criminosa armada e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, entre outras acusações. A continuidade das investigações, somada ao desenvolvimento das denúncias e às implicações legais, mantém o cenário político e judicial do Brasil em constante ebulição, refletindo a complexidade dessas interações entre figuras políticas e o sistema judiciário.