JUSTIÇA – Interrogatórios de Réus da Trama Golpista Começam na Próxima Semana e Serão Transmitidos ao Vivo pelo STF

Na próxima segunda-feira, 28 de julho, o Supremo Tribunal Federal (STF) dará início aos interrogatórios dos dez réus do núcleo 3 da complexa trama golpista em julgamento. A sessão foi agendada pelo ministro Alexandre de Moraes, que lidera o caso e será o responsável por conduzir os depoimentos. Esse grupo específico é acusado de desempenhar funções essenciais dentro do plano, que incluíam o monitoramento de alvos e a formulação de estratégias que visavam o sequestro e a eliminação de autoridades.

Na quarta-feira, 23 de julho, foram concluídos os depoimentos todas as testemunhas vinculadas aos quatro núcleos envolvidos na tentativa de golpe. Os últimos testemunhos foram ouvidos, proporcionando uma visão abrangente das ações que compõem o caso. Quaquer indivíduo que estivesse disposto a prestar depoimento teve a oportunidade, tanto por solicitação da acusação quanto das defesas dos 31 acusados que integram as quatro divisões do processo.

Ainda nesta semana, especificamente na quinta-feira, 24 de julho, o STF realizará o interrogatório dos seis réus do núcleo 2. Esses indivíduos foram acusados de gerir ações estratégicas que buscavam garantir o sucesso do golpe, incluindo a elaboração de um decreto golpista e o uso ilícito da estrutura da Polícia Rodoviária Federal. Além disso, também será a vez dos sete réus do núcleo 4, que, de acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), foram os responsáveis pela disseminação de notícias falsas e desinformação, criando um clima de desconfiança em relação às urnas eletrônicas e ao processo eleitoral.

Os interrogatórios, que serão transmitidos ao vivo pela TV Justiça, marcam uma inovação na transparência dos processos judiciais no Brasil. Essa medida é a primeira vez que ações penais são veiculadas ao vivo pelos canais oficiais do STF, ao contrário dos depoimentos de testemunhas, que ocorreram sem transmissões públicas, permitindo que jornalistas apenas acompanhassem o procedimento de dentro de uma sala reservada em Brasília.

O processo divide a trama em quatro ações penais distintas, uma decisão que visa racionalizar o trâmite do caso e que, embora tenha sido criticada por advogados de defesa, é considerada essencial para a agilidade dos julgamentos. As gravações dos depoimentos das testemunhas dos núcleos 2, 3 e 4 serão anexadas aos autos das respectivas ações penais, servindo como documentação do caso.

Esses desdobramentos ocorrem em um ambiente marcado por tensões e complexidades jurídicas, a medida que o país observa atentamente o desenrolar deste importante processo.

Sair da versão mobile