Além da solicitação à Interpol, o ministro também estabeleceu o bloqueio dos passaportes da deputada e ordenou que a Polícia Federal tomasse todas as providências necessárias para rastrear seu paradeiro. Esta ação foi articulada para que os órgãos competentes do país onde Zambelli se encontra possam ser informados e, assim, facilitar o pedido de extradição.
A decisão de Moraes vem em resposta a um pedido feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que havia solicitado a prisão da parlamentar um dia antes. O ministro justificou sua ação ao afirmar que a condenação de Zambelli, que resultou em uma pena de dez anos de reclusão, estava claramente evidenciada, tendo sido pronunciada pela Primeira Turma do STF. A condenação decorre da invasão do sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em uma ação que contou com a colaboração do hacker Walter Delgatti, que também foi julgado pelo mesmo crime e recebeu uma pena de 8 anos e 3 meses.
Em resposta a essa decisão judicial, Carla Zambelli divulgou uma nota na qual declara que considera a medida ilegal e inconstitucional. Através de suas declarações, ela afirma que tais ações não podem ser decididas de forma monocrática, o que levanta questões sobre os limites do poder judicial e as garantias dos direitos individuais.
A situação envolvendo a deputada ilustra as complexas dinâmicas políticas e legais que permeiam o cenário atual do Brasil, refletindo um profundo debate sobre a Justiça, a aplicação de leis e o adequado funcionamento das instituições democráticas. A inclusão de seu nome na lista da Interpol evidencia a seriedade da situação e o envolvimento das instâncias internacionais no cumprimento das normas legais brasileiras. O desdobramento desse caso poderá ter repercussões significativas tanto no âmbito político quanto no judicial, à medida que novas informações venham à tona.