JUSTIÇA – Influenciador “Capitão Hunter” é preso sob suspeita de estupro de vulnerável e produção de conteúdo pornográfico infantil no Rio de Janeiro.

Na manhã desta quarta-feira, 23 de outubro, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro autorizou a prisão temporária de João Paulo Manoel, amplamente conhecido na internet como Capitão Hunter. O Ministério Público do Estado (MPRJ) formalizou o pedido de prisão, que foi acatado pela 1ª Vara Especializada de Crimes contra a Criança e o Adolescente. Esta decisão surge em meio a graves acusações que pesam contra o influenciador digital.

Manoel, de 45 anos, é suspeito de envolvimento em delitos de grande gravidade, incluindo estupro de vulnerável e produção de conteúdo pornográfico infantil. A investigação começou quando a mãe de uma menina de apenas 11 anos se dirigiu à Delegacia da Criança e do Adolescente do Rio de Janeiro em setembro deste ano. Nesse encontro, ela apresentou evidências de interações nas redes sociais entre sua filha e Manoel, que continham solicitações de natureza sexual.

As informações reveladas pela Secretaria de Segurança Pública do Rio indicam que o influenciador prometeu à menina apoio na sua participação em jogos, o que parece ter sido uma estratégia para ganhar a confiança da criança. Os registros de conversas mostraram conteúdos inadequados, com Manoel solicitando fotos íntimas e compartilhando imagens de caráter sexual, além de oferecer produtos da famosa franquia Pokémon, que é o foco de sua atuação nas redes sociais.

Os investigadores também descobriram que o mesmo modus operandi foi utilizado por Manoel para abordar um menino de 11 anos, o que amplifica a gravidade das acusações. A coleta de provas se deu por meio de conversas gravadas pela própria vítima, o que foi fundamental para a confirmação das suspeitas levantadas contra o influenciador.

Apesar dos esforços da reportagem para contatar a defesa de Manoel, não houve resposta até o momento. Além disso, suas contas nas plataformas de redes sociais foram desativadas. Capitão Hunter, que contava com cerca de 1 milhão de seguidores e direcionava seu conteúdo principalmente para games e animações da franquia Pokémon, tem uma audiência majoritariamente composta por crianças e adolescentes. Ele também opera uma loja onde comercializa produtos relacionados ao seu conteúdo.

Esses acontecimentos levantam questões preocupantes sobre a segurança e a proteção de crianças e adolescentes na internet, um espaço onde a vulnerabilidade é uma preocupação constante.

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