O primeiro passo após a conclusão do inquérito foi o envio do documento ao gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, responsável por conduzir a investigação. Agora, cabe ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, tomar uma decisão nos próximos 15 dias sobre a denúncia dos acusados, incluindo Bolsonaro, junto ao Supremo Tribunal Federal.
Com o recesso de fim de ano próximo, prevê-se que o julgamento da eventual denúncia ocorra apenas no próximo ano, devido à interrupção das atividades no STF. Enquanto isso, novas acusações continuam surgindo, como o depoimento do tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que prestou esclarecimentos ao Supremo sobre omissões e contradições apontadas pela PF em sua oitiva.
Após o depoimento de Cid, Alexandre de Moraes decidiu manter o acordo de delação premiada do ex-ajudante de ordens, argumentando que ele esclareceu as questões levantadas pela PF. O ministro encaminhou o novo depoimento de Cid de volta à PF para complementação das investigações, visando desvendar as supostas tramas golpistas que teriam sido discutidas na casa do general Braga Netto, em Brasília.
Diante desse cenário de tensão política, o país aguarda ansioso por desdobramentos e desfechos dessa complexa investigação, que envolve figuras de destaque no cenário nacional. A repercussão desse inquérito traz à tona questões sobre a estabilidade da democracia e a linha tênue entre a legalidade e a ilegalidade nos mais altos escalões do poder.