Em entrevista recente, o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, explicou que a iniciativa inclui um sistema de busca ativa que será implementado após os primeiros contatos com os beneficiários. Esses primeiros chamados serão feitos através de canais oficiais do governo, e o não retorno por parte de aposentados e pensionistas poderá indicar a necessidade de um atendimento mais próximo. Queiroz reforçou que muitos beneficiários podem não ter acesso aos meios de comunicação convencionais ou podem enfrentar dificuldades de deslocamento.
Particularmente preocupante é a situação de aqueles que residem em áreas isoladas, como comunidades ribeirinhas, que enfrentam falta de eletricidade e acesso à internet ou telefone. Para contornar esses obstáculos, o INSS utilizará unidades flutuantes do programa PrevBarco, que levarão serviços previdenciários diretamente às casas dos cidadãos em áreas de difícil acesso.
Além disso, o PrevMóvel, um serviço itinerante, será reinaugurado para atender regiões que não contam com agências fixas. A experiência do ministro alerta sobre o risco de fraudes, com golpistas atuando como representantes do INSS. Por isso, Queiroz enfatiza a importância de utilizar apenas canais oficiais, como o site do INSS, o aplicativo Meu INSS e a central de atendimento Disque 135, além das agências dos Correios, onde funcionários estarão capacitados para ajudar.
Queiroz também trouxe à tona a questão dos descontos associativos, que foram identificados como fraudes perpetradas por associações sem estrutura e que se aproveitaram da situação de vulnerabilidade dos aposentados. Essas fraudes foram detectadas a partir de 2019, mas ações efetivas não foram tomadas pelo governo anterior.
Os desafios enfrentados pelo INSS são significativos, incluindo o combate a fraudes e a redução das filas de atendimento, que, atualmente, apresenta um tempo médio de espera de 45 dias. O ministro expressou seu compromisso em restaurar a confiança no sistema previdenciário e sua determinação em garantir que nenhum beneficiário lesado fique sem o devido ressarcimento.
Com essas estratégias, o governo visa não apenas resolver situações irregulares, mas também prevenir novos problemas e proporcionar uma proteção social mais eficaz para aqueles que dependem da previdência.
