JUSTIÇA – Governo de São Paulo recorre ao STF para flexibilizar uso de câmeras corporais pela PM em operações policiais.

O governo de São Paulo entrou com um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) com o objetivo de flexibilizar a decisão que determina a utilização de câmaras corporais pelos policiais militares do estado. A Procuradoria do estado enviou o documento à Corte nesta quinta-feira (13), alegando a necessidade de ajustes na determinação do presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso. Em dezembro do ano passado, Barroso havia determinado que os equipamentos fossem utilizados em operações de grande importância, incursões em áreas vulneráveis e em ações deflagradas em resposta a ataques contra os policiais.

De acordo com o governo de São Paulo, o uso das câmeras deve ser considerado prioritário, e não obrigatório. Além disso, a Procuradoria solicita que seja reconhecido que a Defensoria Pública não está apta a atuar no caso, uma vez que foi a própria Defensoria quem protocolou a ação para obrigar a utilização dos equipamentos.

Recentemente, Barroso concedeu um prazo de 30 dias para que o governo de São Paulo forneça mais informações detalhadas sobre o uso das câmeras corporais. Vale ressaltar que o governo já havia se comprometido com o STF, em abril do ano passado, a implementar o uso das câmeras corporais em operações policiais no estado, apresentando um cronograma para a realização desse processo, que incluía a realização de uma nova licitação e a aquisição de novas câmeras.

Em setembro, o governo anunciou a assinatura de um contrato com a empresa Motorola para a compra de 12 mil câmeras corporais, porém a compra foi criticada devido ao fato de que o acionamento da gravação poderia ser feito tanto pelo policial quanto por uma central de operações da polícia, o que poderia causar interrupções nas gravações durante as operações.

Diante desses acontecimentos, o STF tem sido palco de debates e contestações em relação ao uso das câmeras corporais pelos policiais militares em São Paulo, levantando questões sobre segurança, transparência e garantia dos direitos individuais. A decisão final do Supremo Tribunal Federal terá um impacto significativo no cenário da segurança pública do estado.

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