O objetivo da Operação Contenção foi limitar a expansão territorial da facção criminosa Comando Vermelho. Durante a operação, as forças de segurança realizaram 180 mandados de busca e apreensão, além de 100 ordens de prisão, das quais 30 eram provenientes de outros estados, especialmente do Pará. A operação mobilizou cerca de 2,5 mil policiais, e além das mortes, contabilizou 113 prisões e a apreensão de 118 armas e uma tonelada de drogas.
Durante a reunião, Cláudio Castro apresentou dados ao ministro Moraes sobre a execução da operação, que despertou preocupações relacionadas ao uso da força. Moraes, que é relator da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, conhecida como ADPF das Favelas, ressaltou a necessidade de rever as diretrizes que visam reduzir a letalidade policial, estabelecendo regras como o uso proporcional da força, a instalação de câmeras em viaturas e a criação de um plano para reocupar áreas dominadas por organizações criminosas.
O CICC, onde ocorreu a reunião, é um centro essencial para a coordenação das forças de segurança do estado, fornecendo monitoramento em tempo real para ocorrências, além de grandes eventos e situações emergenciais. Ali, Moraes também teve a oportunidade de conhecer a Sala de Inteligência e Controle, equipada com tecnologia avançada, incluindo um sistema de reconhecimento facial.
Após o encontro, Moraes não deu declarações à imprensa; no entanto, o governador enfatizou a conversa em torno do projeto de recuperação de territórios, que está sendo desenvolvido pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Castro afirmou que deixou o ministro à vontade para esclarecer dúvidas sobre a política de segurança do Rio e os desafios enfrentados no combate ao crime.
Por fim, enquanto o governo estadual considera a operação um “sucesso”, moradores e familiares das vítimas expressam indignação, chamando a operação de “chacina”, devido ao pânico e caos gerados pelas intensas trocas de tiros que paralisaram a cidade, afetando escolas, comércios e serviços de saúde. A discussão sobre a eficácia e a ética das operações policiais no estado promete seguir em pauta.
