A resposta de Castro foi motivada por uma solicitação do ministro Alexandre de Moraes, relator da Ação Declaratória de Constitucionalidade das Favelas, que pediu esclarecimentos sobre os métodos e os resultados da operação. A reunião entre os dois ocorreu na manhã de segunda-feira, no Rio de Janeiro.
No texto direcionado ao STF, o governador argumentou que os confrontos ocorreram em áreas florestais, como uma estratégia para minimizar riscos de tiroteios nas proximidades de escolas e residências, enfatizando que a ação policial foi inevitável devido à presença de barricadas armadas pelos criminosos. Segundo Castro, a atuação do Estado representa a legítima proteção à sociedade, realçando o compromisso das forças de segurança com a legalidade e os direitos humanos.
O ministro Moraes especificou a necessidade de 18 esclarecimentos sobre a operação, abrangendo uma gama de questões, desde o número de agentes envolvidos, as metodologias empregadas, até as medidas de responsabilidade em potencial abusos. Castro elucidou que a operação contou com cerca de 2.500 policiais civis e militares, munidos de armamento apropriado para enfrentar as ameaças que se apresentavam.
Os números apresentados revelaram a gravidade da situação: 117 criminosos foram mortos, além de quatro policiais e 13 agentes feridos. Castro também explicou que foram disponibilizadas ambulâncias em locais estratégicos para garantir assistência às vítimas durante a operação, ao mesmo tempo em que reforçou que as ações respeitaram as diretrizes constitucionais.
Apesar das justificativas apresentadas, a elevada fatalidade da operação e as circunstâncias em que ocorreram suscitou críticas sobre a atuação das forças de segurança pública e a eficácia das políticas de segurança no estado. A audiência e os esclarecimentos prestados pelo governador ficarão como referência para futuras discussões acerca do uso da força no combate ao crime organizado, sinalizando a importância de um equilíbrio entre a segurança e a proteção dos direitos humanos.
 
 








