O governador garantiu que as gravações produzidas por 60 policiais, tanto da Polícia Civil quanto da Polícia Militar, foram devidamente armazenadas. No entanto, Castro reconheceu que 30 das câmeras apresentaram falhas técnicas, o que comprometeu a coleta de imagens em algumas áreas da operação. “As imagens das câmeras que estavam sob a responsabilidade dos policiais foram preservadas. Na Polícia Civil, todas as gravações estão classificadas no modo Evidência, garantindo sua integridade pelo tempo estipulado no contrato. Por sua vez, a Polícia Militar, através de sua corregedoria, já solicitou as medidas técnicas necessárias para assegurar a preservação das imagens captadas pelas Câmeras Operacionais Portáteis durante a atuação”, declarou o governador.
Além da preservação das gravações, Cláudio Castro também planeja enviar cópias dos laudos necroscópicos dos indivíduos falecidos durante a operação ao STF. Para tal, a transmissão ocorrerá via uma rede privada (VPN), em razão da natureza sensível dos documentos envolvidos.
No início deste mês, o governo do Rio havia encaminhado ao STF um total de 18 pontos de esclarecimento a respeito da operação, que gerou desgastes não só sociais, mas também políticos. O ministro Moraes, relator da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 635, está à frente de uma iniciativa que busca implementar medidas para reduzir a letalidade de intervenções policiais nas comunidades cariocas.
Com o envio das informações ao Supremo antes do fim do prazo estabelecido, a expectativa é que os dados contribuam para análises mais abrangentes em relação à eficácia e à condução das operações policiais no estado, num cenário onde a violência e a fatalidade têm se tornado temas frequentemente discutidos no debate público.
