Os advogados de Braga Netto argumentam que existem divergências significativas nas versões apresentadas pelo general e por Cid, especialmente em relação às acusações de que Braga Netto teria discutido um suposto plano denominado “Punhal Verde e Amarelo”. Este plano é descrito como estratégico para um possível golpe de Estado, que incluiria até mesmo a eliminação de autoridades. Além disso, há menções de que Cid teria recebido dinheiro do general dentro de uma sacola de vinho, um ponto que a defesa considera crucial para a elucidação dos fatos.
Em sua manifestação, a defesa enfatizou a importância da acareação para esclarecer os pontos polêmicos mencionados nos depoimentos, ressaltando que Mauro Cid não apresentou provas que sustentem suas acusações contra Braga Netto. Essa solicitação de acareação visa garantir que todos os elementos sejam devidamente investigados, possibilitando uma análise mais completa da situação.
Ademais, os advogados solicitaram a suspensão da ação penal em curso, argumentando que isso serviria para que pudessem examinar detalhadamente todas as evidências disponíveis no processo. Na semana passada, durante um interrogatório realizado pelo ministro Alexandre de Moraes, Braga Netto negou as acusações, afirmando desconhecer tanto o plano “Punhal Verde e Amarelo” quanto a suposta entrega de dinheiro a Mauro Cid com a finalidade de beneficiar militares associados a um grupo conhecido como “kids pretos”.
Desde dezembro do ano passado, o general encontra-se detido sob a acusação de obstruir a investigação em relação à tentativa de golpe de Estado, incluindo a tentativa de obter informações sobre os depoimentos de delação de Mauro Cid. O desdobramento desse caso tem gerado grande repercussão e expectativa em torno das possíveis consequências jurídicas para os envolvidos.
