A detenção do general foi ordenada pelo ministro Alexandre de Moraes, responsável por relatar o inquérito do golpe de Estado no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a Polícia Federal, Braga Netto estaria atrapalhando as investigações, prejudicando a produção de provas durante o processo penal. O general é apontado como um dos principais líderes da tentativa de golpe de Estado no país, com o objetivo de impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.
Braga Netto foi candidato a vice-presidente em 2022 na chapa com Jair Bolsonaro e, de acordo com a PF, teve participação concreta nos atos relacionados à tentativa de golpe de Estado e na obstrução da investigação. Uma das reuniões relacionadas ao plano golpista e à tentativa de matar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes teria ocorrido na casa do general, no dia 12 de novembro de 2022.
Após a audiência de custódia, Braga Netto deverá ser transferido para uma unidade do Exército, possivelmente o Comando Militar do Leste. A Agência Brasil está buscando contato com a defesa do general para obter mais informações sobre o caso. A prisão de Braga Netto é mais um capítulo em meio às investigações sobre o golpe de Estado no país, evidenciando a complexidade e as ramificações do caso.