Segundo a defesa do general, não há evidências mínimas que o conectem diretamente ou indiretamente aos acontecimentos citados na acusação. A alegação é de que não existem testemunhas que o incriminem, nem conversas de Whatsapp em que ele discute qualquer atividade criminosa mencionada na denúncia.
O prazo para entrega da defesa da maioria dos denunciados se encerrou nesta quinta-feira (6), exceto no caso do general Braga Netto e do almirante Almir Garnier, que têm até amanhã (7) para se pronunciarem.
Após a apresentação de todas as defesas, o julgamento da denúncia será agendado pelo STF. O processo será julgado pela Primeira Turma do Supremo, composta pelo relator da denúncia, Alexandre de Moraes, e os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux.
Conforme o regimento interno da Corte, cabe às duas turmas do tribunal julgar ações penais, e como o relator está na Primeira Turma, será este colegiado que irá deliberar sobre a acusação. Caso a maioria dos ministros aceite a denúncia, Bolsonaro e os demais acusados se tornarão réus e responderão a uma ação penal no STF.
A data específica do julgamento ainda não foi estabelecida, no entanto, considerando os trâmites legais, existe a possibilidade de que o caso seja julgado ainda neste primeiro semestre de 2025. A defesa de Heleno aguarda agora a decisão final do STF em relação ao pedido de absolvição sumária.