Este pedido é especialmente relevante, pois foi feito após a Primeira Turma ter tomado a decisão de condenar os réus do Núcleo 4, um grupo responsável por veicular desinformação e disseminar notícias falsas a respeito do processo eleitoral. Embora Fux já integre a Primeira Turma, ele solicitou uma transferência para a Segunda Turma, onde a composição atual é formada por outros ministros destacados.
Entretanto, o ministro Fux também quer garantir sua presença nos julgamentos que já estão agendados, como o do Núcleo 3, que está programado para o dia 11 de novembro, e o do Núcleo 2, marcado para começar em 9 de dezembro. Em sua argumentação, Fux destacou a ambiguidade do regimento interno do STF, que não esclarece a situação e impede uma resolução clara.
Em resposta ao pedido de Fux, o ministro Flávio Dino afirmou que consultará o presidente do STF, Edson Fachin, sobre a viabilidade desta solicitação. Dino deixou claro que não se sente em posição de decidir sozinho sobre a questão, o que reforça a dinâmica colaborativa e, por vezes, complexa dentro do STF.
Fachin, por sua vez, está analisando a mudança solicitada por Fux, que se destaca em um momento em que a Segunda Turma, a qual Fux deseja integrar, tem sua formação alterada devido à aposentadoria antecipada de Luís Roberto Barroso. Com a saída de Barroso, a composição da Primeira Turma pode ser drasticamente afetada, uma vez que, com a transferência de Fux, restará somente quatro integrantes, até que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeie um novo ministro para a cadeira que ficou vaga.
Esta situação reflete as tensões contínuas e as repercussões políticas que as decisões judiciais podem ter em um país que ainda lida com as sequelas de um período turbulento em sua história política.