Durante a sessão inaugural, Fux foi agradavelmente surpreendido com uma calorosa recepção por parte de seus novos colegas. O presidente da turma, ministro Gilmar Mendes, com quem o novo integrante teve uma relação marcada por conflitos no passado, não poupou elogios. Mendes destacou a importância da Segunda Turma na defesa dos princípios constitucionais, especialmente em momentos críticos que exigem decisões firmes e embasadas. Ele enfatizou que o colegiado não hesitou em realizar julgamentos que reconheceram falhas cometidas por figuras como o ex-juiz Sergio Moro, que ganhou notoriedade à frente da Operação Lava Jato.
O pronunciamento de Mendes foi contundente: segundo ele, Fux assume agora uma “responsabilidade histórica” na manutenção da democracia e da constitucionalidade brasileira. O ministro lembrou que, ao longo de sua trajetória, a Segunda Turma busca priorizar a preservação dos direitos fundamentais em detrimento de conveniências momentâneas.
Antes de sua mudança, Fux havia tomado decisões importantes na Primeira Turma, incluindo um voto pela absolvição de Bolsonaro em uma ação penal relacionada a alegações de um suposto golpe. Ele também havia solicitado a vista de um processo que envolve Moro e Mendes, o que demonstra a complexidade e a relevância de sua atividade até aquele ponto.
Ao receber os cumprimentos, Fux expressou sua satisfação em integrar a Segunda Turma, reafirmando a importância de seguir os precedentes para garantir a segurança jurídica. No entanto, ele também se mostrou aberto a eventuais dissensões, afirmando que a diversidade de opiniões pode enriquecer os debates. A Segunda Turma, atualmente composta por Fux, Gilmar Mendes, André Mendonça, Nunes Marques e Dias Toffoli, é um importante espaço de deliberação que impacta diretamente a jurisprudência do país. A formação deste novo colegiado sugere um futuro repleto de discussões e decisões que poderão moldear o rumo da justiça brasileira.
