A cerimônia de posse de Dino ocorreu no plenário da Corte e contou com a presença de aproximadamente 800 convidados, incluindo o presidente Lula e os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco. Com a nova posição no STF, Dino receberá cerca de 340 processos do gabinete de sua antecessora.
O novo ministro terá como competência relatar processos relacionados à atuação do governo Jair Bolsonaro durante a pandemia de covid-19, bem como à legalidade dos indultos natalinos assinados durante a gestão do ex-presidente. A indicação de Dino para o cargo no STF foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e posteriormente confirmada pelo plenário da casa.
Durante a cerimônia de posse, o presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, elogiou a trajetória do novo ministro, ressaltando sua atuação nos Três Poderes. Após tomar posse, Dino foi ovacionado pelos convidados e posteriormente dispensou o jantar tradicional oferecido pelas associações de magistrados.
Flávio Dino é formado em direito pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e possui uma trajetória diversificada, atuando como juiz federal, presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e chefe da Secretaria-Geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) antes de ingressar na política. Em 2006, foi eleito deputado federal pelo Maranhão e, em 2011, chegou a ocupar o cargo de presidente da Embratur. Em 2014, foi eleito governador do Maranhão, conquistando a reeleição em 2018. Nas eleições de 2022, venceu a disputa pelo cargo de senador, mas abriu mão da posição para assumir o Ministério da Justiça no terceiro mandato de Lula.
Após a solene cerimônia de posse, uma missa de ação de graças na Catedral de Brasília estava programada para as 19h. Porém, Flávio Dino optou por dispensar o jantar tradicional oferecido por associações de magistrados aos novos ministros do STF.