Justiça Federal determina cancelamento de eliminações no Concurso CNU por erro na identificação do gabarito, beneficiando milhares de candidatos.



Na última quarta-feira (6/11), uma decisão da Justiça Federal determinou que a União e a Fundação Cesgranrio cancelem as eliminações dos candidatos do Concurso Nacional Unificado (CNU) que não preencheram a bolinha do cartão de respostas para identificar o tipo de gabarito. Essa medida beneficiará milhares de concurseiros do Distrito Federal e de todo o país que foram excluídos por esse motivo.

O juiz federal Adelmar da Silva, da 2ª Vara Federal do Tocantins, ordenou que a Fundação Cesgranrio, responsável pela realização do concurso, republique o resultado em até 10 dias, incluindo os nomes dos candidatos que haviam sido eliminados indevidamente. A União tem a possibilidade de recorrer da decisão, mas até o momento não se manifestou.

O Concurso Nacional Unificado ocorreu em agosto deste ano, com diferentes versões de cadernos de prova para evitar fraudes. Os candidatos precisavam identificar o seu caderno marcando uma bolinha correspondente ao número do gabarito e transcrevendo uma frase que constava na capa.

Muitos candidatos foram eliminados por não preencherem corretamente a bolinha do cartão, apesar de alegarem que os fiscais orientaram que a transcrição da frase era suficiente para identificar o gabarito. A Vara Federal do Tocantins ressaltou que o edital do concurso estabelece dois requisitos para a eliminação: não preencher a bolinha e não transcrever a frase. Portanto, os candidatos que realizaram um dos procedimentos não cometeram erros e não deveriam ter sido eliminados.

A antropóloga Victoria Miranda, uma das candidatas afetadas pela eliminação, descreveu a situação do dia da prova como uma “grande confusão”, mencionando a falta de preparo dos fiscais. O advogado José da Silva Moura Neto considerou a decisão judicial de reintegrar os candidatos como correta e fundamental para garantir a justiça.

A Advocacia-Geral da União e a Fundação Cesgranrio foram procuradas pelo Metrópoles para comentar o caso, mas ainda não se manifestaram. A medida da Justiça em favor dos candidatos afetados pelo problema na identificação do gabarito tem gerado repercussão e apoio por parte dos envolvidos.

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