JUSTIÇA – FBI alerta sobre ameaça do Hezbollah no Brasil; Operação Trapiche prende suspeitos de planejar atos terroristas.



O alerta do FBI para autoridades brasileiras sobre possíveis atos terroristas planejados por pessoas ligadas ao grupo islâmico Hezbollah no Brasil tem gerado repercussão e preocupação por parte das autoridades. Em 1º de novembro, o FBI emitiu um alerta que foi confirmado pela Justiça Federal à Agência Brasil no último dia 9. A Operação Trapiche, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em Minas Gerais, resultou na prisão de dois suspeitos e no cumprimento de onze mandados de busca e apreensão.

A operação foi resultado de investigações realizadas após o FBI encaminhar um memorando às autoridades brasileiras apontando o risco iminente de atos terroristas no Brasil por indivíduos suspeitos de ligação com o Hezbollah. O documento mencionava diversas pessoas, brasileiros natos ou naturalizados, cujas identidades não foram reveladas até o momento. Segundo a Justiça Federal, as investigações detectaram indícios de atividades criminosas por parte dos investigados e ligações com o Hezbollah, incluindo possível recrutamento de brasileiros para atuações ilícitas, inclusive para fins terroristas.

Em resposta à operação, o gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, divulgou uma nota afirmando que a agência de inteligência israelense, o Mossad, colaborou com a ação policial brasileira. Segundo a nota, os órgãos de segurança no Brasil, juntamente com o Mossad e parceiros na comunidade de segurança israelense, frustraram um ataque promovido pelo Hezbollah. A Confederação Israelita do Brasil (Conib) também manifestou preocupação com a possível ligação dos investigados com o Hezbollah, afirmando que o terrorismo deve ser combatido e repudiado pela sociedade brasileira.

Diante da repercussão, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, adotou um tom mais cauteloso ao falar sobre a investigação. Ele destacou que a operação da PF foi preventiva e baseada em uma hipótese de uma rede terrorista buscando se instalar no Brasil. O ministro ressaltou a soberania do Brasil na condução das investigações e reforçou que a ação da PF não tem relação com os conflitos internacionais, referindo-se ao atual confronto entre Israel e o grupo islâmico Hamas.

Em sua página pessoal em uma rede social, o ministro reforçou que é dever da PF investigar os indícios e que nenhuma representação de governo estrangeiro pode antecipar o resultado das investigações conduzidas pela Polícia Federal. Portanto, as autoridades brasileiras seguem investigando o caso e tomando as medidas necessárias para garantir a segurança no país.

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