Durante o episódio trágico, Evaldo dirigia o carro da família com sua esposa, filho, sogro e uma amiga, a caminho de um chá de bebê. O veículo foi alvejado por militares do Exército, que alegaram ter confundido o carro com um veículo roubado, disparando 257 tiros de fuzil e resultando na morte de Evaldo e do catador de material reciclável Luciano Macedo, que tentou ajudar a família durante os disparos.
O julgamento resultou na absolvição de quatro militares e na requalificação da condenação dos demais, reduzindo as penas para homicídio culposo. A justificativa apresentada pelo relator do caso, ministro Carlos Augusto Amaral, de que havia dúvidas sobre a origem do disparo que causou a morte de Evaldo, gerou revolta em Luciana.
A ministra Maria Elizabeth Rocha foi a única a votar pela manutenção das condenações originais, destacando o aspecto do racismo estrutural na abordagem das forças de segurança a pessoas negras e pobres. A atitude corajosa da ministra foi elogiada por Luciana, que sentiu falta de empatia por parte dos demais ministros.
Após a decisão do STM, a família avalia a possibilidade de recorrer ao próprio tribunal e ao Supremo Tribunal Federal, mas incertezas sobre a eficácia deste esforço permeiam os pensamentos de Luciana. A viúva, que já desacreditava no sistema de justiça, questiona se haverá, de fato, um resultado positivo no futuro.
A tragédia envolvendo Evaldo Rosa e sua família levanta questões importantes sobre o papel do Estado em garantir a segurança e a proteção dos cidadãos, bem como sobre o racismo presente nas instituições. A luta por justiça continua, e a história de Evaldo Rosa serve como um lembrete doloroso das falhas e desafios enfrentados pelo sistema judiciário brasileiro.









