O ministro requeriu informações detalhadas sobre a entrada e saída de veículos em momentos específicos do dia. Ele havia determinado que todos os veículos que acessam a residência de Bolsonaro, seja de sua propriedade ou de visitantes, deveriam ser submetidos a inspeções rigorosas pelos agentes da Polícia Penal. Foi nesse contexto que a Seap se manifestou, revelando que, às 13h16, dois seguranças deixaram a propriedade a bordo de um Jeep Compass. No entanto, no relatório de movimentação veicular, esses indivíduos foram reportados apenas como “pessoas”, sem a identificação nominal.
Além disso, os seguranças retornaram à residência poucos minutos depois, trazendo com eles mais um membro da equipe de segurança. A Seap reconheceu que, às 16h22, o mesmo veículo novamente deixou a propriedade, mas não foi especificado no relatório que apenas seguranças estavam presentes. A falha na documentação se agravou pela ausência de imagens que atestassem as inspeções realizadas.
Para resolver essa lacuna, um agente precisou se deslocar até o Condomínio Solar de Brasília, onde Bolsonaro reside, para requisitar as imagens de monitoramento. Vale destacar que o condomínio não forneceu as filmagens de imediato, alegando a necessidade de consulta ao seu setor jurídico antes de liberar o material.
Apesar das falhas nas identificações e documentações, a Seap defendeu que a eficácia das vistorias não foi comprometida, uma vez que o monitoramento dos veículos foi efetivado, com esclarecimentos sobre os eventuais erros no relatório apresentado ao STF.
Desde 4 de agosto, Jair Bolsonaro cumpre prisão domiciliar em decorrência de investigações que envolvem seu filho, Eduardo Bolsonaro, no que diz respeito à aplicação da Lei Magnitsky e outras sanções importadas dos Estados Unidos. Assim, as questões relacionadas ao monitoramento da residência do ex-presidente permanecem sob análise, refletindo a complexidade e a atenção que o caso acirrou no âmbito judicial.