JUSTIÇA – Fachin se encontra com papa no Vaticano antes de assumir presidência do STF e reflete sobre justiça e direitos em evento religioso global.

Nos dias que antecedem sua posse como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Edson Fachin fez uma visita ao Vaticano, onde se encontrou com o papa Leão XIV. O pontífice recebeu Fachin durante o Jubileu dos Operadores da Justiça, um evento que congrega juízes, advogados, procuradores e diversos profissionais do Direito de diferentes partes do mundo. Nesta edição, a cerimônia ocorreu na famosa Praça de São Pedro, adaptada para receber a grande quantidade de peregrinos que compareceram ao evento, refletindo o impacto e a relevância da justiça na sociedade contemporânea.

Durante o discurso, o papa enfatizou que a justiça transcende a simples aplicação da lei ou os atos dos juízes. Leão XIV destacou que o verdadeiro significado da justiça se revela no cuidado do próximo, enfatizando a importância de garantir a cada indivíduo o que lhe é devido. O papa também lembrou os ensinamentos de Santo Agostinho, que alertou sobre a impossibilidade de administrar um Estado sem justiça genuína. As palavras do papa ressoam em um momento em que as questões de ética e moralidade são cruciais para a administração pública e a atuação do Judiciário.

Após a palestra, Fachin teve a oportunidade de cumprimentar o papa, um gesto que simboliza não apenas a conexão entre o Direito e a ética, mas também a visão de uma justiça que deve estar a serviço da sociedade. Importante destacar que sua viagem foi custeada pelo próprio ministro e contou com a articulação da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), demonstrando um engajamento direto de Fachin com questões que envolvem não apenas a legislação, mas também as diretrizes morais que regem a justiça.

A posse oficial de Edson Fachin como presidente do STF está agendada para o dia 29 de setembro, data na qual também será empossado o ministro Alexandre de Moraes como vice-presidente. A eleição ocorreu em agosto, por meio de votação simbólica, considerando a antiguidade dos ministros na corte, prática habitual para a definição das lideranças do Judiciário. Durante seu mandato de dois anos, Fachin terá a responsabilidade de moldar a pauta do plenário e presidir as sessões, além de gerenciar a parte administrativa do Supremo, que inclui a elaboração e encaminhamento do orçamento do Poder Judiciário. A expectativa é alta para que sua liderança traga direção e inovação em um período desafiador para a Justiça no Brasil.

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