JUSTIÇA – Fachin assume presidência do STF em cerimônia com presenças de Lula e outras autoridades, prometendo foco em julgamentos de impacto social até 2027.

Na última segunda-feira, 29 de outubro, o novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, assumiu oficialmente o cargo em uma cerimônia marcada por um grande prestígio político. O evento ocorreu na sede do STF, em Brasília, e contou com a presença de importantes figuras do governo e do Legislativo, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e os presidentes da Câmara e do Senado, respectivamente, Hugo Motta e Davi Alcolumbre. Com a participação de cerca de mil convidados, a ocasião refletiu a relevância do Judiciário na esfera política do país.

Edson Fachin, que terá um mandato de dois anos, sucedeu Luís Roberto Barroso e assumiu também a presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Após assinar o termo de posse e fazer um juramento solene de compromisso com a Constituição brasileira, o novo presidente da Corte expressou sua determinação em cumprir seus deveres “em conformidade com a Constituição e as leis da República”.

A expectativa em torno da gestão de Fachin é alta, especialmente devido ao seu perfil mais discreto, sugerindo que o novo presidente deve evitar polêmicas e embates direto com a política. Fontes próximas afirmam que, sob sua liderança, o STF deve focar na condução de julgamentos que abordem questões de grande impacto social, com a primeira sessão a acontecer já nesta quarta-feira, dia 1º, onde será discutido o vínculo trabalhista entre motoristas e entregadores de aplicativos, tema frequentemente denominado de “uberização”.

Recém-empossado, Fachin é natural de Rondinha, no Rio Grande do Sul, e fez toda sua carreira jurídica no Paraná, onde formou-se pela Universidade Federal do Paraná. Desde sua entrada no STF em junho de 2015, Fachin ganhou notoriedade ao relatar casos relevantes, como as investigações relacionadas à Operação Lava Jato e questões de direitos indígenas.

O vice-presidente Alexandre de Moraes, que também foi empossado na mesma cerimônia, traz consigo uma bagagem política significativa. Formado pela Universidade de São Paulo, Moraes acumulou experiência em cargos chave no governo de São Paulo, incluindo o papel de secretário de Segurança Pública. Sua trajetória o levou ao STF em março de 2017, quando foi indicado por Michel Temer.

Com essa nova liderança, tanto Fachin quanto Moraes terão um papel crucial na definição dos rumos jurídicos e sociais do Brasil nos próximos anos, refletindo a importância do Judiciário em um contexto democrático em constante evolução.

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