JUSTIÇA – Ex-secretário da Polícia Civil do Rio, Allan Turnowski, é solto após decisão da Justiça; acusado de envolvimento com contravenção, ele enfrenta medidas cautelares.



A Justiça do Rio de Janeiro concedeu, nesta terça-feira, 17 de outubro, a liberdade ao ex-secretário da Polícia Civil, delegado Allan Turnowski, que estava detido desde o dia 6 de maio de 2025. Sua prisão foi decretada pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) em um processo que investiga alegações de envolvimento com a cúpula da contravenção no estado. O desembargador Marcius da Costa Ferreira, da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, foi o responsável pela decisão que resultou na soltura de Turnowski.

Durante a análise do caso, o magistrado destacou a colaboração de Turnowski com as investigações, afirmando que não havia evidências de que ele pretendia obstruir os procedimentos judiciais. O desembargador também observou que, embora os crimes atribuídos ao ex-secretário sejam de grande relevância, eles não foram cometidos com violência ou ameaças graves. Diante desse contexto, Ferreira deferiu o pedido de habeas corpus, permitindo a liberdade temporária do ex-secretário até o julgamento final do caso.

No entanto, a liberdade de Turnowski está condicionada ao cumprimento de três medidas cautelares. Ele está proibido de acessar as dependências da Polícia Civil ou da Secretaria de Segurança Pública, de manter contato com outros denunciados e de deixar o país, necessitando entregar seu passaporte ao juízo responsável.

O histórico do delegado é marcado por reviravoltas. Ele foi preso em 9 de setembro de 2022, durante uma operação que resultou na sua detenção e na decretação de prisão preventiva. Naquele momento, Turnowski havia se afastado do cargo para concorrer a uma vaga de deputado federal, porém sua candidatura não foi adiante. Menos de um mês depois, em 25 de novembro de 2022, o juiz Bruno Rulière o tornou réu por obstrução da Justiça, alegando a influência contínua do ex-secretário nas decisões da cúpula da Polícia Civil, mesmo após sua saída do cargo.

Turnowski já havia enfrentado a revogação de sua prisão preventiva pelo STF após apenas quatro dias de sua condenação inicial. As investigações indicam que ele operava como agente duplo, favorecendo contraventores notórios, incluindo Rogério de Andrade e Fernando Iggnácio, este último assassinado em 2020. Com a decisão recente, os desdobramentos do caso prometem continuar a atrair a atenção da sociedade e das autoridades.

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