JUSTIÇA – Ex-ministro Anderson Torres pede para cumprir pena na Polícia Federal após condenação por trama golpista e teme por sua segurança em prisão comum.

Na última segunda-feira, o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, protocolou um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para que, caso condenado pela participação em uma suposta trama golpista, sua pena seja cumprida na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília. Atualmente, Torres já se encontra em liberdade condicional, utilizando uma tornozeleira eletrônica, enquanto aguarda o julgamento de um recurso contra a condenação a 24 anos de prisão.

Os advogados de Torres apresentaram a solicitação ao relator do caso, Ministro Alexandre de Moraes. Destacaram que a defesa pretende interpor um novo recurso contra a sentença até o dia 3 de dezembro. No entanto, caso o STF decida pelo cumprimento imediato da pena, solicitaram que a execução ocorra em um local que assegure a segurança de Torres, preferencialmente na Superintendência da PF ou no Batalhão de Aviação Operacional da Polícia Militar, dado o histórico do ex-ministro na carreira de delegado da PF.

Os advogados também enfatizaram que Torres já enfrentou ameaças de morte durante seu exercício como secretário de Segurança e que, atualmente, está sob tratamento para depressão. Essa situação foi utilizada para justificar o pedido de que o cumprimento da pena ocorra em um ambiente que garanta sua proteção.

É importante lembrar que em 14 de setembro, a Primeira Turma do STF ratificou a condenação de Torres, do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros co-condenados envolvidos no mesmo processo. A decisão gerou expectativas em torno de possíveis novos recursos por parte das defesas, tentando evitar a execução imediata das penas. O prazo para a apresentação dessas contestações se encerrava na mesma segunda-feira, às 23h59, aumentando a tensão em torno deste caso que segue sendo objeto de grande abertura no cenário político brasileiro. O desfecho desta história ainda está por vir e poderá ter implicações significativas na política do país.

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