O depoimento de Rivaldo foi agendado pelo desembargador Airton Vieira, que é auxiliar do ministro Alexandre de Moraes, relator responsável por presidir o processo que investiga os acusados de atuarem como mandantes desse crime hediondo. Nesta semana, todos os réus envolvidos serão convocados para prestar depoimento perante as autoridades.
Nesta quarta-feira, foi concluído o depoimento de Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ). Brazão afirmou desconhecer o ex-policial Ronnie Lessa, que confessou ser o responsável pelos disparos de arma de fogo contra Marielle. Segundo Domingos, os irmãos Brazão e Rivaldo Barbosa teriam sido os verdadeiros mandantes por trás desse terrível crime.
Na última segunda-feira, o deputado federal Chiquinho Brazão, irmão de Domingos, também negou conhecer pessoalmente Ronnie Lessa. Além de Rivaldo e os irmãos Brazão, o major da Polícia Militar Ronald Paulo de Alves Pereira também é réu nesse caso chocante.
Todos os acusados respondem pelos crimes de homicídio e organização criminosa, estando detidos por determinação do ministro Alexandre de Moraes. Segundo as investigações da Polícia Federal, o assassinato de Marielle está diretamente ligado à posição contrária da parlamentar aos interesses de um grupo político liderado pelos irmãos Brazão, que possuem vínculos com atividades ligadas a milícias em áreas controladas no Rio de Janeiro.
As defesas dos réus negam veementemente as acusações que pesam contra eles, mas a justiça segue seu curso para esclarecer os detalhes desse crime que chocou o país.