Tagliaferro, que possui cidadania italiana, deixou o Brasil sob a justificativa de estar sendo perseguido devido ao vazamento de mensagens que, segundo ele, indicariam ilegalidades ocorridas sob a presidência de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante o ano de 2022. O ministro, por sua vez, negou a existência de qualquer irregularidade nos atos administrativos realizados à frente do TSE.
O caso ganhou repercussão quando as conversas vazadas foram divulgadas na imprensa, levando a Procuradoria-Geral da República (PGR) a denunciar Tagliaferro por diversos crimes, incluindo a violação de sigilo funcional e obstrução da Justiça. O ex-assessor foi parte da equipe de Moraes na Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED), que foi criada para lidar com questões relacionadas à desinformação durante as eleições de 2022.
As investigações sobre Tagliaferro foram conduzidas pela Polícia Federal, que analisou os vazamentos que ocorreram entre membros do gabinete do ministro. A detenção e a subsequente liberação de Tagliaferro são apenas mais um capítulo em um enredo que envolve questões de legalidade, ética e política, refletindo a complexidade das relações entre autoridades judiciais e executivas no Brasil.
Esse incidente não apenas levanta discussões sobre a proteção de dados e a responsabilidade de servidores públicos em casos de confidencialidade, como também traz à tona a polarização política que permeia o cenário brasileiro contemporâneo. O desdobramento deste caso ainda poderá ter implicações significativas tanto para Tagliaferro quanto para o ministro Moraes e o governo brasileiro.