JUSTIÇA – Erika Hilton Denuncia Nikolas Ferreira ao STF por Possível Colaboração em Tentativa de Fuga de Jair Bolsonaro Durante Prisão Domiciliar.

No último domingo, a deputada federal Erika Hilton, do PSOL de São Paulo, apresentou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), uma notícia-crime contra o deputado Nikolas Ferreira, do PL de Minas Gerais. A acusação que motiva a denúncia envolve o uso inadequado de um celular durante uma visita a Jair Bolsonaro, ex-presidente da República, que estava em prisão cautelar domiciliar.

As alegações de Hilton se baseiam em imagens veiculadas por uma emissora de televisão, que mostram Ferreira utilizando seu aparelho celular na residência do ex-presidente na sexta-feira, dia 21. A deputada argumenta que essa ação contraria uma decisão judicial anterior que proibia especificamente o uso de celulares por terceiros na presença de Bolsonaro, conforme delineado na petição (PET 14.129/DF).

Essa visita se deu no dia anterior à tentativa de Bolsonaro de manipular sua tornozeleira eletrônica com um ferro de solda, circunstância que levou à sua prisão preventiva em razão do risco de fuga. Hilton publicou em sua rede social que a conduta de Ferreira poderia indicar uma instigação ou auxílio a um plano de evasão do ex-presidente, acentuando a gravidade da situação. Ela solicitou que fossem tomadas medidas para preservar as evidências, como a busca e apreensão do celular do deputado.

Por outro lado, Nikolas Ferreira se defendeu em suas redes sociais, afirmando que não recebeu nenhuma comunicação a respeito de restrições quanto ao uso do celular durante a visita. Ele criticou o uso de drones para filmar a residência de Bolsonaro, caracterizando como uma violação de privacidade e um comportamento antiético dentro do contexto jornalístico. Ferreira argumentou que a situação revela mais sobre a conduta da emissora do que sobre sua própria ação.

No entanto, a situação de Jair Bolsonaro ficou ainda mais complicada depois que ele foi preso pela Polícia Federal, uma medida determinada por Moraes, que citou a tentativa do ex-presidente de violar sua tornozeleira eletrônica e os convites feitos por seu filho, Flávio Bolsonaro, para vigilância na localidade. Na audiência de custódia realizada por videoconferência, Bolsonaro expressou que sentiu alucinações sobre a possibilidade de uma escuta em seu dispositivo de monitoramento, prevenção que culminou em sua controvertida tentativa de manipulação da tornozeleira.

Bolsonaro ainda mencionou que estava sob efeito de múltiplos medicamentos, o que, segundo ele, poderia ter provocado uma interação que o levaria a um estado de “certa paranoia”. A relação entre esses eventos levanta questões sobre a responsabilidade e os limites da política e do uso da tecnologia em tempos conturbados.

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