Segundo a acusação, os funcionários teriam sido ameaçados de demissão e as lojas da Havan de fechamento caso o candidato do PT, Fernando Haddad, fosse eleito presidente da República. Além disso, os empregados teriam sido constrangidos a responder enquetes dentro dos estabelecimentos, revelando em quem votariam. Os promotores do caso afirmaram que Hang e a Havan utilizaram sua condição de empregadores para impor sua opinião política aos colaboradores, o que foi considerado uma conduta absolutamente censurável pela Justiça.
O juiz ordenou o pagamento de R$ 500 mil para cada loja em funcionamento à época dos fatos, além de R$ 1 milhão a título de danos morais coletivos. Também estabeleceu uma indenização de R$ 1 mil para cada funcionário com vínculo empregatício com a Havan em outubro de 2018, totalizando os R$ 85 milhões em multas. Na decisão, o magistrado afirmou que Hang teria reeditado o antigo “voto de cabestro”, impondo sua escolha política aos demais.
Em nota, Luciano Hang classificou a condenação como “descabida e ideológica”, chamando-a de “total absurdo”. Ele afirmou ter cumprido todas as determinações da Justiça trabalhista ainda à época dos fatos, garantindo a liberdade dos colaboradores, mesmo aqueles com outras ideologias políticas. O empresário criticou a sentença do juiz, alegando que a decisão não seguiu as provas apresentadas.
Hang anunciou que pretende recorrer da decisão, reafirmando a confiança na Justiça brasileira e alegando que nada foi feito de errado, como havia sido comprovado anteriormente. A defesa do empresário também destacou que o voto é secreto e que cada funcionário votou conforme sua convicção, reforçando a postura de respeito à liberdade dos colaboradores.
Portanto, mesmo diante da condenação, a defesa de Luciano Hang enfatiza que a empresa e o empresário agiram de acordo com as normas e garantiram a liberdade de escolha de cada funcionário, mantendo a confiança na Justiça e no direito de recorrer da decisão.