O primeiro inquérito, conduzido pelo delegado Hiroshi de Araújo Sakaki, não chegou a indiciar os acusados, alegando que não era possível realizar o indiciamento devido a uma instrução normativa que veda tal procedimento em casos de crimes de menor potencial ofensivo, como a injúria. Além disso, o delegado argumentou que a lei penal brasileira não pode ser aplicada a situações ocorridas no exterior.
Segundo relatos da PF, a agressão teria sido iniciada pelo empresário Roberto Mantovani e sua esposa, que teriam proferido ofensas ao ministro, chamando-o de “bandido, comunista e comprado”. Mantovani Filho ainda teria agredido fisicamente o filho do ministro, fazendo com que seus óculos caíssem no chão.
A investigação foi aberta a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), após solicitação do próprio Moraes. A PF divulgou um documento onde afirma que as imagens do aeroporto mostram claramente a provocação e possíveis ofensas proferidas pelo casal contra o ministro e seu filho.
No dia 18 de julho, a PF realizou busca e apreensão nos endereços ligados aos acusados, localizados em Santa Bárbara d’Oeste, interior de São Paulo. Durante seus depoimentos, os réus negaram ter proferido as ofensas contra o ministro.
O advogado de defesa do casal, Ralph Tórtima, declarou que Mantovani negou veementemente ter empurrado o ministro e afirmou que as acusações são infundadas. O caso continua em andamento e aguarda-se novos desdobramentos.