Durante uma entrevista coletiva para apresentar o balanço do segundo turno das eleições municipais em 2024, a ministra ressaltou a eficiência da Justiça Eleitoral diante de um cenário com 33 milhões de eleitores, 102 candidatos e diversos processos judicializados. Ela destacou que, devido ao prazo curto, a resposta será dada de forma rápida.
Cármen Lúcia também abordou o tema das fake news e explicou o processo de tramitação desses casos na Justiça Eleitoral, onde há um sistema de alerta para encaminhamento e tratamento das notícias. Além disso, foi mencionado um procedimento em desenvolvimento para uniformizar os tipos de fake news e agilizar as decisões judiciais.
O caso que gerou a notícia-crime foi a declaração do governador Tarcísio de Freitas de que membros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) teriam orientado votos a favor de Boulos. A reação do candidato derrotado foi entrar com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral por abuso de poder político e abuso no uso indevido dos meios de comunicação, além de uma notícia-crime no TSE.
Apesar disso, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo afirmou não ter conhecimento da suposta orientação do PCC para votar em Boulos. A ministra Cármen Lúcia ainda apresentou estatísticas referentes às denúncias de fake news e irregularidades eleitorais durante a campanha de 2024, demonstrando que, apesar de algumas ocorrências, as eleições transcorreram com tranquilidade.
A ministra elogiou a independência do Poder Judiciário e agradeceu aos servidores da Justiça Eleitoral por garantirem um processo eleitoral “monótono”, no melhor sentido da palavra, em que os eleitores puderam votar de forma tranquila e segura.