Fachin assume o cargo em substituição ao atual presidente, Luís Roberto Barroso, que se despede após cumprir um mandato de dois anos. O novo vice-presidente da Suprema Corte será o ministro Alexandre de Moraes, e ambos os mandatos se estenderão até 2027. A escolha de Fachin para o posto ocorreu no mês anterior, de forma simbólica, respeitando a tradição que determina que o ministro mais antigo, que ainda não ocupou a presidência, seja o indicado.
A cerimônia foi aberta pelo ministro Barroso, fortalecendo a continuação de um ritual respeitoso e significativo. O Hino Nacional foi executado por um coral formado pelos servidores do STF, deixando claro o tom solene do encontro. Em seguida, Edson Fachin foi convidado a assinar o termo de posse e a prestar juramento de cumplir a Constituição e as leis do país. Após sua posse, Fachin também incumbiu Alexandre de Moraes do cargo de vice-presidente, formalizando a nova composição à frente do tribunal.
Nascido em Rondinha, no Rio Grande do Sul, Edson Fachin ingressou no STF em 2015, após ser indicado pela então presidente Dilma Rousseff. Formado em Direito pela Universidade Federal do Paraná, Fachin se destacou como relator de diversos casos emblemáticos, incluindo aqueles que envolvem a Operação Lava Jato e ações relacionadas a demarcação de terras indígenas.
Alexandre de Moraes, por sua vez, é graduado pela Universidade de São Paulo e é um advogado com vasta experiência em cargos públicos, incluindo a secretaria de Segurança Pública de São Paulo e a pasta da Justiça no governo de Michel Temer. Sua nomeação se deu em meio a um contexto político delicado, sucedendo o ministro Teori Zavascki, que faleceu tragicamente em um acidente aéreo.
A troca de comando no STF é um momento de renovação e expectativa, refletindo os desafios e responsabilidades que a Corte terá de enfrentar nos anos vindouros.