JUSTIÇA – [“Duas mulheres assumem o comando interino da Procuradoria-Geral da República após a saída de Augusto Aras”

A Procuradoria-Geral da República (PGR) ganhou duas representantes femininas em seu comando. Com a saída de Augusto Aras, a subprocuradora Elizeta de Paiva Ramos assumiu interinamente a chefia da PGR, juntamente com a vice Ana Borges Coelho dos Santos. Essa mudança marca a primeira vez que duas mulheres estão à frente da instituição.

A gestão interina das procuradoras ficará em vigor até que o novo procurador-geral seja nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A indicação do novo chefe da PGR não tem prazo definido e depende de aprovação pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e pelo plenário da Casa.

Eliseta Ramos possui vasta experiência no Ministério Público Federal (MPF), tendo ingressado no órgão em 1989. Durante sua carreira, ela participou de colegiados que tratam de direitos sociais, fiscalização de atos administrativos e supervisão da atividade policial. Em setembro deste ano, Eliseta foi eleita vice-presidente do Conselho Superior do MPF.

Já o ex-procurador-geral Augusto Aras, que ocupou o cargo desde 2019, foi indicado duas vezes pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Durante seu mandato, Aras foi criticado por não tomar medidas legais contra Bolsonaro, principalmente durante a pandemia de covid-19. No entanto, em seu último discurso no Supremo Tribunal Federal, Aras defendeu sua gestão e afirmou que as investigações criminais avançaram sem alarde midiático.

A nomeação do novo procurador-geral será um momento importante para a PGR, pois definirá o rumo da instituição nos próximos anos. O presidente Lula terá a responsabilidade de escolher um nome que inspire a confiança da população e que tenha o compromisso de promover a justiça e combater a corrupção.

Enquanto aguardamos a definição do novo chefe da PGR, Elizeta Ramos e Ana Borges Coelho dos Santos assumem a liderança interina do órgão. Serão tempos desafiadores, mas a presença de mulheres nesse posto de destaque é um marco importante na luta pela igualdade de gênero e pela representatividade feminina nos cargos de poder. Espera-se que elas exerçam suas funções com competência, imparcialidade e dedicação à justiça.

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