As embaixadas e consulados americanos ao redor do mundo receberam orientações para retomar imediatamente o processamento de vistos voltados a estudantes e visitantes de intercâmbio da Harvard. Essa reversão ocorre após a juíza Allison Burroughs ter suspendido, através de uma ordem de restrição temporária, os efeitos da recente proclamação do presidente, que visava barrar a entrada de alunos internacionais.
Na semana anterior, uma estratégia institucional gerou confusão, levando os postos diplomáticos a negarem os pedidos de vistos de estudantes e pesquisadores que desejavam se matricular na Ivy League. Contudo, a determinação da juíza, publicada na última sexta-feira, enfatiza a urgência da situação, uma vez que a proibição da entrada desses estudantes poderia causar “dano imediato e irreparável” até que o caso fosse analisado mais a fundo pela Justiça.
O secretário de Estado, Marco Rubio, emitiu uma diretriz que ressalta que, a partir de agora, não se deve recusar a solicitação de vistos para esses estudantes. É importante destacar que Harvard já havia sinalizado para a juíza que muitos de seus alunos enfrentavam sérias dificuldades para obter os vistos mesmo antes dessa proibição ser imposta.
A alegação do governo de segurança nacional, que sustentaria a restrição, sofreu críticas, e a batalha judicial entre a universidade e a administração Trump se intensificou. O governo federal questiona o financiamento e as práticas de matrícula da universidade, enquanto o presidente Trump criticou Harvard, alegando conivência da instituição com atos de antissemitismo por parte de alguns alunos.
Adicionalmente, Rubio anunciou planos para uma repressão “agressiva” a vistos destinados a estudantes da China, seguindo a mesma justificativa de proteger a segurança nacional e prevenir possíveis atividades de espionagem. Assim, o cenário se delineia em torno de uma luta mais ampla entre questões de imigração, segurança e liberdade acadêmica nos Estados Unidos.