Justiça dos EUA Bloqueia Medida de Trump que Retirava Cidadania de Filhos de Imigrantes Nascidos no País



Um juiz federal emitiu uma decisão nesta quinta-feira, dia 23 de janeiro de 2025, suspendendo temporariamente uma polêmica ordem executiva do presidente Donald Trump, que visava alterar a concessão de cidadania por nascimento para filhos de imigrantes nascidos em território norte-americano. A medida, que estimulou forte debate nos círculos políticos e sociais do país, foi classificada como uma tentativa de reinterpretação da 14ª Emenda da Constituição dos Estados Unidos.

O juiz distrital John Coughenour aceitou um pedido de liminar apresentado pelos procuradores gerais do estado de Washington e de mais três estados, todos eles alinhados ao Partido Democrata. Essa ação judicial, que contou com o apoio de pelo menos 22 governadores da mesma orientação política, visava proteger os direitos civis de milhões de crianças que, ao nascerem nos EUA, teriam garantida a cidadania, independente da situação migratória de seus pais.

A ordem executiva de Trump não apenas propunha revogar o direito à cidadania por nascimento, mas também incluía outras medidas que abarcavam a nomeação do Golfo do México como “Golfo da América”, a designação de cartéis de drogas como organizações terroristas estrangeiras, a limitação do reconhecimento oficial de identidade de gênero a apenas masculino e feminino, além da retirada dos EUA da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas.

Essas iniciativas têm gerado polêmica e resistência em várias frentes, com críticos argumentando que elas não apenas desrespeitam direitos fundamentais garantidos pela Constituição, mas também podem fomentar uma atmosfera de discriminação e insegurança entre populações imigrantes. A decisão do juiz representa uma vitória, ainda que temporária, para aqueles que defendem a cidadania como um direito inalienável para todas as crianças nascidas nos Estados Unidos, refletindo o contínuo embate entre políticas anti-imigração e a proteção dos direitos humanos.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo