Justiça do Rio expede mandado de prisão contra Oruam por associação com o Comando Vermelho e ataques a policiais em redes sociais.

Na manhã de terça-feira, 22 de agosto, a Justiça do Rio de Janeiro emitiu um mandado de prisão preventiva contra Mauro Davi Nepomuceno, mais conhecido como Oruam. Oruam se tornou alvo das autoridades após ser indiciado por sua associação com o Comando Vermelho, uma das facções mais conhecidas do crime organizado no Brasil.

As investigações avançaram após Oruam desafiar as forças policiais do estado. Ele publicou vídeos em suas redes sociais onde evidentemente desdenhava dos investigadores que, na noite de 21 de agosto, haviam visitado seu domicílio. Essa atitude provocou uma reação imediata por parte da polícia, que decidiu intensificar a busca por sua captura.

O delegado Felipe Curi, atual secretário da Polícia Civil do Rio de Janeiro, confirmou que Oruam enfrentará múltiplas acusações legais. Entre os delitos estariam o tráfico de drogas, a associação para tráfico, lesão corporal, resistência qualificada, dano ao patrimônio público e desacato. Tais acusações refletem a gravidade da situação e o envolvimento do cantor com atividades criminosas.

Durante uma coletiva de imprensa, o delegado não poupou palavras ao caracterizar Oruam. Em uma franca declaração, ele afirmou que não se tratava de um artista, mas de um criminoso perigoso. Curi explicitou que, após os ataques verbais de Oruam, ficou claro que ele estava embrenhado em atividades ilícitas e era um elemento perigoso, vinculado diretamente ao Comando Vermelho. Ele ressaltou que o pai de Oruam, conhecido como Marcinho VP, lidera a facção mesmo estando recolhido em um presídio federal.

Além das ameaças dirigidas ao delegado responsável pela operação na casa de Oruam, Curi destacou que a presença de pessoas ligadas a atividades ilegais no local, incluindo menores foragidos da justiça, solidificava a ideia de que Oruam mantinha um ambiente propício para o crime.

Com a ordem de prisão em vigor, Oruam deverá enfrentar as consequências legais de suas ações e a crescente pressão das autoridades para combater o tráfico e a criminalidade na região. A situação evidencia a luta constante entre as forças de segurança e o crime organizado no estado do Rio de Janeiro, que continua a desafiar as instituições.

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