O caso teve início quando o tutor da cadela decidiu contratar os serviços da empresa, buscando adaptar o animal à chegada de um novo membro da família – um bebê. Contudo, cerca de um mês após iniciar o treinamento, o tutor recebeu a triste notícia de que sua cadela havia sofrido uma parada cardiorrespiratória após se envolver em uma briga com outros cães. Pesa sobre o caso o fato de que o contrato firmado entre as partes incluía não apenas treinamento, mas também hospedagem e transporte, o que levanta questões sobre a responsabilidade da empresa em assegurar a segurança do animal.
Na análise do processo, os magistrados ressaltaram que a conduta da Victor Dog Trainer foi uma “verdadeira conduta negligente”, evidenciando falhas no dever de segurança e cuidado com o animal. Apesar das tentativas da defesa da empresa em contestar a decisão, argumentando que a morte da cadela foi um evento inesperado provocado pela intervenção de um catador de lixo que teria chutado o animal, os juízes mantiveram a condenação. Para eles, existia um vínculo direto entre a atuação da empresa e a tragédia, além de reconhecerem o impacto emocional profundo que a perda causou ao tutor.
Esse tipo de situação levanta importantes discussões sobre a responsabilidade de empresas que prestam serviços de adestramento e cuidado de animais. A empresa, em uma nota divulgada à imprensa, afirmou respeitar a decisão mas refutou a interpretação do caso, alegando que apresentou evidências de que a morte da cadela foi um evento imprevisto, desvinculado de sua atuação profissional. A situação, marcada por dor e questão emocional, evidencia a responsabilidade que empresas do setor pet devem assumir em relação à segurança e bem-estar dos animais sob seus cuidados.
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