Luciene e Clemilson, que são casados há 13 anos, foram condenados por crimes relacionados ao tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa. Ela recebeu uma sentença de 10 anos de prisão, enquanto ele foi condenado a 31 anos e sete meses de reclusão. O TJ-AM determinou que ambos devem iniciar o cumprimento de suas penas imediatamente, em regime fechado.
A prisão de Luciene foi estabelecida após a revelação de que ela se encontrou em duas ocasiões com secretários e assessores do Ministério da Justiça. Essas visitas foram amplamente divulgadas pela imprensa, gerando repercussão nacional. A acusada se apresentou como presidente da Associação Instituto Liberdade do Amazonas (ILA), cujas atividades, segundo a Polícia Civil, estavam relacionadas ao apoio de detentos ligados ao Comando Vermelho e eram financiadas com recursos provenientes do tráfico de drogas.
Além disso, Luciene teria levado denúncias de violações de direitos humanos e de revistas vexatórias no sistema prisional do Amazonas às autoridades do Ministério da Justiça. Por outro lado, o ministério afirmou que não detectou previamente a presença dela, mesmo diante das medidas de segurança adotadas.
O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou recentemente um recurso apresentado por Luciene e Clemilson, que contestava o cálculo para recorrer da condenação em segunda instância. Os ministros do STF decidiram por unanimidade negar o pedido da dupla.
Até o momento, a defesa dos acusados não se manifestou publicamente sobre as prisões. O espaço está aberto para eventuais esclarecimentos. A situação de Luciene e Clemilson representa mais um capítulo na luta contra o tráfico de drogas e a criminalidade organizada no Amazonas.