O juiz Flávio Renato Almeida Reyes acatou o pedido da empresa, apresentando documentos que comprovam a posse das terras, incluindo uma certidão de registro de imóveis e boletins de ocorrência. Após uma inspeção judicial para averiguar a situação, o magistrado determinou a desocupação da área de 14,27 hectares às margens do Rio São Francisco.
Durante a inspeção, foi constatado que as construções no local eram novas e de boa qualidade, indicando que os ocupantes não eram pessoas de baixa renda. Além disso, não havia evidências de cultivo agrícola para subsistência ou comercialização. Diante disso, o magistrado autorizou a requisição de força policial, se necessário, para cumprir a reintegração de posse e impedir invasões futuras na área.
A região tem sido marcada por conflitos devido às ocupações irregulares, que geraram tensão e medo na população local e nos proprietários de imóveis rurais. As propriedades invadidas recentemente foram loteadas e vendidas até para empresários e agentes públicos de Alagoas e Sergipe. A presença da Frente Nacional de Luta (FNL) pela Reforma Agrária acrescentou mais complexidade ao cenário.
A FNL reagiu às acusações de invasão, afirmando que as terras ocupadas em “Penedinho” pertencem à Igreja. Apesar disso, a entidade está recorrendo da decisão judicial e defendendo sua permanência na região. A situação continua sendo acompanhada de perto pelas autoridades locais para garantir a segurança e a legalidade na região de Piaçabuçu.