Justiça determina que jovem com autismo seja matriculado em Medicina na Ufal após ser inicialmente desclassificado pela banca.



Na última terça-feira (17), a 8ª Vara Federal determinou que o jovem Davi Ramon da Silva Santos, de 21 anos e diagnosticado com autismo, seja matriculado no curso de Medicina da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). A decisão da juíza federal Camila Monteiro Pullin veio após a família do jovem entrar com um mandado de segurança contra a desclassificação imposta pela banca de verificação da instituição.

Davi, que foi diagnosticado com autismo de suporte 1 aos 20 anos, conquistou uma vaga no curso de Medicina no campus de Arapiraca da UFAL por meio das cotas para deficientes. No entanto, a banca de verificação se recusou a matriculá-lo, alegando que o jovem “não possui barreiras que o limitam nas principais áreas da vida comunitária, pessoal, escolar, profissional e cívica”.

A família de Davi apresentou laudos de quatro profissionais, incluindo dois neurologistas, uma neuropsicóloga e uma psicóloga, comprovando o diagnóstico de TEA (Transtorno do Espectro Autista). Com base nesses documentos, a juíza concluiu que o laudo médico apresentado atendia aos requisitos exigidos para comprovação da deficiência, não podendo a Administração da universidade negar a matrícula do jovem com base em uma simples entrevista.

Diante da decisão da Justiça, a reportagem entrou em contato com a assessoria da UFAL, que ficou de enviar uma resposta sobre o caso. A luta da família de Davi Ramon da Silva Santos representa um importante passo na busca pela inclusão de pessoas com autismo no ensino superior e na sociedade como um todo.

É fundamental que as instituições de ensino estejam preparadas para acolher e respeitar a diversidade de seus estudantes, garantindo a igualdade de oportunidades para todos. A decisão da 8ª Vara Federal reforça a importância de se combater o preconceito e a discriminação em todas as esferas da sociedade.

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