Justiça Determina Distância Mínima de 300 Metros Entre Advogada e Lanchonete por Injúria Racial



Na manhã desta sexta-feira, 26, a Justiça determinou uma série de medidas cautelares para a advogada Fabiani Marques Zouki, após um episódio de injúria racial ocorrido em uma lanchonete da rede Burger King, localizada em Moema, na zona sul de São Paulo. A principal medida é que Fabiani deve manter uma distância mínima de 300 metros do estabelecimento e da vítima, um atendente do local, para manter sua liberdade provisória.

A situação teve início na noite anterior, quando Fabiani foi detida em flagrante por injúria racial contra um funcionário do Burger King. O incidente entre a advogada e o atendente foi, em parte, captado por câmeras de segurança da lanchonete, revelando o momento em que ela desferiu um tapa no rosto do funcionário enquanto este saía da loja.

Além das imagens de segurança, um vídeo circulando nas redes sociais mostrou Fabiani Zebrou o atendente na porta da loja, dialogando com outros funcionários. Durante a discussão, ela afirmou que, mesmo que tivesse chamado o funcionário de “preto de macaco”, isso não justificaria a reação violenta que teve seu carro danificado.

O boletim de ocorrência revela que a advogada estava insatisfeita com o atendimento recebido e, em resposta, proferiu xingamentos racistas contra o funcionário, o que levou o atendente a chutar o retrovisor do carro dela. Policiais que foram chamados para atender a ocorrência constataram que Fabiani estava embriagada. A advogada se recusou a fazer o exame do etilômetro, sendo conduzida ao Instituto Médico Legal (IML) para realização de um exame de constatação de embriaguez.

Em nota oficial, a rede Burger King repudiou veementemente qualquer forma de racismo, discriminação ou agressão física, e assegurou que está colaborando plenamente com a investigação policial. A empresa também destacou que está oferecendo todo o suporte psicológico e jurídico necessário aos funcionários envolvidos no incidente.

O caso foi registrado no 27.º Distrito Policial Dr. Ignácio Francisco como embriaguez ao volante e preconceitos de raça ou de cor. Tentativas de contato com a defesa da advogada não foram bem-sucedidas até o momento da publicação desta matéria.

Este episódio sublinha a continuada necessidade de ações firmes contra comportamentos discriminatórios e a importância de políticas efetivas para garantir um ambiente de trabalho respeitoso e seguro para todos.

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