Segundo informações do jornal “La Vanguardia” da Espanha, a devolução desse valor foi determinada pela 4ª sessão da Câmara Contencioso-Administrativa do Tribunal Nacional, que serve como instância superior. Daniel Alves estava em disputa com o Fisco espanhol por não concordar em declarar os pagamentos feitos pela intermediação do seu agente Joaquín Macanás durante sua renovação com o Barcelona nos anos de 2013 e 2014.
Inicialmente, a Justiça tinha determinado que Alves deveria declarar esses valores e pagar impostos sobre eles. No entanto, o jogador alegou que os pagamentos foram feitos sem o seu conhecimento e que o agente estava agindo em favor do clube, e não dele. Em última instância, a versão de Alves foi aceita pelo Tribunal.
A advogada que defende Daniel Alves no processo criminal, Inés Guardiola, utilizará esse valor de 1,2 milhão de euros como garantia de que o jogador não fugirá e pedirá sua liberdade provisória. A defesa argumenta que, devido à pena aplicada, não há mais risco de fuga, uma vez que Alves não tem antecedentes criminais, possui endereço fixo no país e já entregou seu passaporte.
No entanto, para que essa estratégia tenha sucesso, o fisco espanhol precisa devolver o valor ao jogador. As contas bancárias de Alves estão bloqueadas devido a uma disputa judicial no Brasil com sua ex-mulher, o que dificultou o pagamento da quantia de 150 mil euros exigida como “responsabilidade civil” para a vítima do estupro, valor esse que foi doado pelo pai de Neymar.
Fica agora a expectativa para ver como a situação de Daniel Alves se desenrolará nos próximos dias, com sua defesa correndo contra o tempo para garantir sua liberdade provisória. A polêmica envolvendo o ex-jogador segue ganhando novos capítulos a cada dia.