Justiça determina abertura de inquérito para investigar ataque ao assentamento do MST em São Paulo. Dois assentados foram mortos.



Na noite de sexta-feira (10), o assentamento Olga Benário, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), localizado em Tremembé, no Vale do Paraíba, foi alvo de um ataque covarde por homens armados. O resultado foi trágico: dois assentados foram mortos a tiros e pelo menos outros seis ficaram feridos, alguns em estado grave.

Diante desse cenário de violência chocante, o Ministério da Justiça e Segurança Pública decidiu agir. Neste sábado (11), determinou que a Polícia Federal instaure um inquérito para investigar e apurar os detalhes desse terrível atentado. Uma equipe da PF, composta por agentes, peritos e papiloscopistas, já está se deslocando para Tremembé, a fim de iniciar as investigações o mais rápido possível.

Segundo informações do MST, os criminosos armados invadiram o assentamento por volta das 23 horas, enquanto as famílias de agricultores que ali residem dormiam. As vítimas, incluindo crianças e idosos, foram surpreendidas pelos tiros disparados sem piedade. Valdir do Nascimento, conhecido como Valdirzão, e Gleison Barbosa de Carvalho foram as vítimas fatais desse brutal ataque. Nascimento, líder do assentamento, era uma figura respeitada pela comunidade.

Ao menos seis feridos foram encaminhados a unidades de saúde da região, como o Hospital Regional do Vale do Paraíba – Sociedade Beneficente São Camilo, em Taubaté. Entretanto, a secretaria estadual de Saúde se recusou a fornecer detalhes sobre o estado de saúde dos pacientes internados, alegando questões de segurança e sigilo.

A violência contra os trabalhadores rurais e movimentos sociais é inaceitável e merece ser repudiada veementemente. O ataque ao assentamento do MST é um ato de terror que não pode passar impune. Espera-se que a investigação da Polícia Federal traga à luz os responsáveis por essa tragédia e que a justiça seja feita em nome das vítimas inocentes que perderam suas vidas nesse episódio brutal e covarde.

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