Com o voto de Sade, o placar do julgamento ficou empatado em 1 a 1, já que o relator do caso, desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, se manifestou contra a cassação na sessão anterior. Diante do empate, a desembargadora Claudia Cristina Cristofani solicitou mais tempo para analisar o processo, suspendendo temporariamente o julgamento, que será retomado na próxima segunda-feira (8).
Caso a cassação do mandato de Moro seja confirmada pelo TRE, ele não será imediatamente destituído do cargo, pois sua defesa ainda poderá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Se a decisão se mantiver no TSE, o Paraná terá que realizar novas eleições para preencher a vaga do senador, que também ficará inelegível por oito anos.
O cerne da acusação contra Moro diz respeito a gastos irregulares durante a pré-campanha às eleições de 2022, quando ele ainda era filiado ao Podemos. Segundo o Ministério Público Eleitoral (MPE) e os partidos PL e PT, houve “desvantagem ilícita” em favor dos demais concorrentes ao cargo de senador devido aos altos investimentos financeiros realizados por Moro antes de deixar o partido e se candidatar pelo União.
Para o desembargador Sade, Moro se beneficiou eleitoralmente ao gastar mais que os demais candidatos ao Senado, causando desequilíbrio na disputa. Ele ressaltou que o ex-juiz assumiu o risco ao iniciar gastos como candidato à Presidência e depois se lançar como candidato ao Senado, expondo-se à possibilidade de ter sua candidatura impugnada.
O julgamento seguirá com os votos dos demais magistrados, e a defesa de Moro já se manifestou em favor da manutenção de seu mandato, negando quaisquer irregularidades na pré-campanha. A próxima sessão promete ser decisiva para o desfecho deste caso que tem gerado grande repercussão no cenário político do Paraná.
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