Durante o julgamento, o desembargador Jacob Junior justificou seu voto argumentando que a pré-campanha de Moro contou com gastos excessivos, tais como voos de jatinho, equipe de segurança, impulsionamento em redes sociais e produção de vídeos promocionais. Segundo o magistrado, tais gastos teriam quebrado a igualdade entre os pré-candidatos, dando a Moro uma vantagem injusta.
A acusação aponta que Moro, no final de 2021, enquanto ainda era filiado ao Podemos e realizava atos de pré-candidatura à Presidência da República, teria realizado investimentos financeiros consideráveis antes de trocar de partido e se candidatar ao Senado pelo União-PR. Estima-se que tenham sido gastos aproximadamente R$ 2 milhões do Fundo Partidário com eventos de filiação, produção de vídeos promocionais e consultorias eleitorais.
A defesa de Moro, representada pelo advogado Gustavo Guedes, negou as irregularidades na pré-campanha e defendeu a legalidade de suas ações. Segundo Guedes, as acusações de gastos excessivos visavam desestabilizar a imagem de Moro no cenário político. O julgamento ainda aguarda a tomada de mais dois votos para uma decisão final.
A controversa situação envolvendo Sergio Moro e sua pré-campanha tem gerado debates e atenção da opinião pública, refletindo as tensões e disputas políticas presentes no atual contexto brasileiro. A decisão do TRE do Paraná terá impactos significativos no futuro político do ex-juiz e também nas discussões sobre financiamento de campanhas eleitorais no país.