A ação para indeferir a liminar foi requisitada pelo presidente do Conselho Deliberativo (CD), e opositor de Augusto Melo, Romeu Tuma Jr., que defendeu que o processo de votação para o impeachment seguiu o rito padrão de processo administrativo do clube.
A liminar que impedia a votação foi assinada por Clara Maria Araújo Xavier, da 8ª Câmara de Direito do Tribunal de Justiça de São Paulo, durante a reunião do Conselho Deliberativo (CD) do Corinthians, no dia 2 de dezembro. A decisão da Justiça alegou que a eficácia da destituição teria efeitos irreparáveis ao presidente do clube.
O pedido de impeachment que será analisado foi apresentado em agosto por conselheiros do Corinthians. O documento elaborado pelo “Movimento Reconstrução SCCP” contou com a assinatura de 86 conselheiros e refere-se à investigação na Comissão de Ética do clube sobre possíveis irregularidades no contrato de patrocínio com a casa de apostas VaideBet.
As autoridades investigam uma possível lavagem de dinheiro e repasses a ‘laranjas’ da empresa ao clube durante o período da parceria. A votação do impeachment de Augusto Melo estava marcada para o dia 2 de janeiro e mobilizou a presença de centenas de torcedores nos arredores do Parque São Jorge, o que gerou uma grande operação da Polícia Militar de São Paulo para garantir a segurança no local.
A oposição trabalha para que a votação aconteça ainda neste mês, mas de forma virtual, visando evitar aglomerações e garantir a segurança de todos os envolvidos. A decisão da Justiça de São Paulo abre caminho para uma possível destituição de Augusto Melo da presidência do Corinthians, colocando mais um capítulo nesta crise que envolve o clube e seu mandatário.