JUSTIÇA – Deputados do PSOL-RJ pedem prisão de Alexandre Ramagem após denúncias de fuga para Miami e condenação em caso de trama golpista.

Na tarde desta quinta-feira, 19 de outubro, a bancada do PSOL no Rio de Janeiro anunciou oficialmente que entrou com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para a prisão do deputado federal Alexandre Ramagem, do PL-RJ. A iniciativa surge em um contexto de grave preocupação, especialmente após a divulgação de imagens que mostram o parlamentar em Miami, Estados Unidos, onde foi filmado enquanto acessava um condomínio.

Os deputados que assinam o pedido — Pastor Henrique Vieira, Glauber Braga, Chico Alencar, Tarcísio Motta e Talíria Petrone — afirmam que a situação indica uma possível tentativa de fuga do país por parte de Ramagem. Ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo de Jair Bolsonaro, Ramagem já havia sido condenado a 16 anos de prisão por sua participação em uma trama golpista.

Vale ressaltar que, no decorrer das investigações, o ministro Alexandre de Moraes havia imposto restrições ao deputado, incluindo proibições de sair do Brasil e a entrega de seus passaportes, tanto nacional quanto estrangeiro. A atual situação de possível fuga levanta sérias questões sobre a legalidade das ações de Ramagem e suas implicações para a justiça brasileira.

A denúncia de que o deputado se encontra fora do território nacional acontece em um momento crítico, quando a tramitação do processo que envolve ele e outros réus se aproxima de seu desfecho. Recentemente, os recursos apresentados pelos réus do Núcleo 1 da investigação foram negados pela Primeira Turma do STF, o que aumenta a pressão sobre os envolvidos. Essa decisão vem acompanhada de uma expectativa quanto à protocolização dos últimos recursos pela defesa, com o intuito de evitar o cumprimento imediato das condenações.

Em resposta ao desenrolar dessa situação, a defesa de Ramagem optou por não se pronunciar publicamente até o momento. A ação tomada pelos deputados do PSOL reflete a crescente tensão política e judicial em torno de figuras proeminentes do governo anterior, em um cenário jurídico que continua a evoluir em direção a uma maior responsabilização por atos considerados ilegais. A guarda das informações e a transparência nesse processo permanecem cruciais para a confiança nas instituições democráticas do país.

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