Os deputados que assinam o pedido — Pastor Henrique Vieira, Glauber Braga, Chico Alencar, Tarcísio Motta e Talíria Petrone — afirmam que a situação indica uma possível tentativa de fuga do país por parte de Ramagem. Ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo de Jair Bolsonaro, Ramagem já havia sido condenado a 16 anos de prisão por sua participação em uma trama golpista.
Vale ressaltar que, no decorrer das investigações, o ministro Alexandre de Moraes havia imposto restrições ao deputado, incluindo proibições de sair do Brasil e a entrega de seus passaportes, tanto nacional quanto estrangeiro. A atual situação de possível fuga levanta sérias questões sobre a legalidade das ações de Ramagem e suas implicações para a justiça brasileira.
A denúncia de que o deputado se encontra fora do território nacional acontece em um momento crítico, quando a tramitação do processo que envolve ele e outros réus se aproxima de seu desfecho. Recentemente, os recursos apresentados pelos réus do Núcleo 1 da investigação foram negados pela Primeira Turma do STF, o que aumenta a pressão sobre os envolvidos. Essa decisão vem acompanhada de uma expectativa quanto à protocolização dos últimos recursos pela defesa, com o intuito de evitar o cumprimento imediato das condenações.
Em resposta ao desenrolar dessa situação, a defesa de Ramagem optou por não se pronunciar publicamente até o momento. A ação tomada pelos deputados do PSOL reflete a crescente tensão política e judicial em torno de figuras proeminentes do governo anterior, em um cenário jurídico que continua a evoluir em direção a uma maior responsabilização por atos considerados ilegais. A guarda das informações e a transparência nesse processo permanecem cruciais para a confiança nas instituições democráticas do país.
