JUSTIÇA – Deputado TH Joias e traficante têm prisões preventivas mantidas; investigações por tráfico e comércio ilegal de armas seguem em curso no Rio de Janeiro.

O deputado estadual Tiego Raimundo dos Santos Silva, mais conhecido como TH Joias, teve sua prisão preventiva confirmada pela Justiça em uma audiência realizada na quinta-feira, 4. Além dele, outros dois indivíduos também tiveram suas prisões mantidas: Gabriel Dias de Oliveira, identificado como um traficante de drogas, e Luiz Eduardo Cunha Gonçalves, o assessor parlamentar de TH Joias.

A prisão do deputado ocorreu em sua residência, situada em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Ele é acusado de ser intermediário na operacão de compra e venda de armas para o Comando Vermelho, uma das facções criminosas mais influentes do estado. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou TH Joias, além de Gabriel e Luiz, por associação a uma organização criminosa e comércio ilegal de armas de fogo. As acusações surgem em meio a um panorama de investigações complexas que revelam a imbricação entre política e crime.

O procurador-geral de Justiça do estado, Antonio José Campos Moreira, comunicou que uma apuração foi aberta para verificar um possível vazamento relacionado à operação que resultou nas prisões. A investigação apontou indícios de que havia uma tentativa de fuga na véspera da ação policial e até mesmo a destruição de evidências. Novas informações surgiram dando conta da negociação de aproximadamente R$ 5 milhões em tráfico de drogas, além de práticas de lavagem de dinheiro.

As investigações do MPRJ se debruçam também sobre uma franquia que vende produtos vinculados a um clube do Rio de Janeiro. Esta franquia, localizada em Mato Grosso do Sul, é suspeita de ser utilizada para a ocultação de ativos financeiros, uma vez que o faturamento registrado não condiz com os serviços efetivamente prestados.

Ainda segundo o procurador-geral, foram detectados indícios de corrupção, com investigações em andamento sobre uma possível oferta de propina a membros da força policial, supostamente intermediada por um advogado. O desdobramento desse caso promete revelar mais detalhes sobre a conexão entre o tráfico de drogas, a corrupção policial e a política no estado do Rio de Janeiro.

Sair da versão mobile