Segundo o Ministério Público do Espírito Santo, Gilvan teria chamado Camila de “satanista” e “assassina de crianças” durante a sessão, em um momento no qual a então vereadora defendia professores da rede pública municipal que estavam presentes e também sendo insultados pelo deputado. Os professores foram chamados de “canalhas” e “covardes” e acusados de transmitir ideologias LGBT às crianças.
De acordo com a denúncia apresentada, os ataques de Gilvan ultrapassaram as diferenças políticas e ideológicas, configurando crimes contra a deputada Camila Valadão. O Ministério Público ressalta que o deputado teria menosprezado a condição de mulher de Camila, com o intuito de impedir ou dificultar o exercício de seu mandato eletivo, além de ter injuriado e ofendido sua dignidade ao utilizar elementos pejorativos e diferenciados.
Camila Valadão se manifestou emocionada com a decisão da Justiça Eleitoral de aceitar a denúncia, após dois anos de agressões e insultos no exercício de suas atividades parlamentares. Esta não é a primeira vez que Gilvan da Federal se torna réu por crimes contra a honra, já que em 2022 ele foi denunciado por transfobia após ataques à ativista transexual Deborah Sabará, quando afirmou que “não é mulher”.
A reportagem da Agência Brasil tentou entrar em contato com o deputado Gilvan da Federal para obter seu posicionamento sobre o caso, porém até o momento não obteve retorno. Este episódio reflete a importância de combater discursos de ódio e violência política, visando garantir o respeito e a dignidade de todas as pessoas no ambiente parlamentar e na sociedade como um todo.